José Carlos da Silva atua há quase 14 anos na PBEsc e é referência em mecânica de perfuração.
CURITIBA – Uma relação de quase 14 anos construída sobre experiência técnica e paixão por equipamentos pesados define a trajetória do mecânico prestador de serviço, José Carlos da Silva, na Pedra Branca Escavações (PBEsc). Sua experiência, que remonta a um fascínio inicial por um “jumbo" em 1987, tornou-se peça fundamental na manutenção e agilidade operacional da frota da empresa, especialmente em equipamentos de perfuração de alta tecnologia.
Prestes a completar 58 anos, da Silva, natural de Serrinha (BA), é um parceiro estratégico por meio de sua empresa, no que ele descreve como uma "relação muito saudável" que perdura desde 2011. Ele enfatiza: "a minha função é mecânica".
A faísca que acendeu seu interesse pela mecânica surgiu de forma inesperada. Quando trabalhava como motorista para a Companhia Vale do Rio Doce nos anos 80, sua curiosidade o levou a observar de perto o trabalho na oficina durante os longos períodos de espera.
"Em 87 eu vi um jumbo pela primeira vez e me apaixonei pela máquina e nunca mais saí da máquina", recorda. Ele conta que, mesmo motorista, suas observações externas frequentemente levavam a sugestões úteis para os mecânicos. "Às vezes, os caras estavam quebrando a cabeça e eu como motorista dava uma sugestão. Aí alguém me disse ‘rapaz, seu futuro podia ser na mecânica'. E de fato eu me apaixonei pela manutenção, nunca mais saí", relata.
Sua especialização se aprofundou ao longo dos anos, com foco em equipamentos de perfuração subterrânea, um nicho complexo e tecnologicamente avançado. "Eu trabalho com Simba, eu trabalho com Boltec, eu trabalho com Sonda, rompedores", lista ele, ao mencionar que seu conhecimento abrange muitas máquinas.
Ele reconhece a evolução constante dos equipamentos, e também observa a crescente importância da eletrônica na mecânica moderna, que se distancia das oficinas puramente baseadas em ferramentas pesadas do passado.
Apesar da vasta experiência e da condição de aposentado, da Silva demonstra uma energia e um comprometimento inabaláveis. "Amo o que eu faço", afirma com convicção. Recentemente, ele superou um desafio com um equipamento importado. "Inúmeras pessoas desmontaram aquela máquina e aí jogaram o pepino na mão. E eu tive a felicidade de executar um trabalho em equipe, algumas vezes sozinho também, e deu tudo certinho. A máquina está em operação", celebra.
Além de sua própria evolução, ele se orgulha do legado que constrói ao capacitar outros profissionais. Ele relata com satisfação como ajudou a formar diversos mecânicos que hoje são peças-chave na PBEsc, numa transformação pessoas de outras áreas em técnicos qualificados.
"Hoje os melhores mecânicos que existem na Pedra Branca saíram daqui ", afirma. Ele cita exemplos como Claudinho; Miguel, um frentista; e Robinho, do almoxarifado. "Eu trouxe pro meu mundo, capacitei num conhecimento prático e teórico. O fruto que eu tenho é a satisfação de vê-los chegarem no equipamento e resolverem qualquer situação. É plantar uma semente e ver ela florir e dar frutos", diz.
A permanência por tantos anos, apesar de sua alta qualificação permitir outras oportunidades, está ligada a essa relação de confiança e ao ambiente desafiador que a PBEsc oferece. O reconhecimento de seu papel na agilidade e qualidade dos consertos, um diferencial frequentemente elogiado por clientes da empresa, é motivo de orgulho, mas também de constante autoexigência.
"Nesse mundo aqui tudo é muito caro. É um equipamento muito caro. Então, a mecânica é diferenciada", ressalta. Ele detalha a potência de uma perfuratriz, cujo valor pode ultrapassar R$ 1 milhão. "É uma máquina que dá 3,6 mil impactos em um minuto, cada impacto com 21 toneladas. Então são coisas assim fora do comum". Por isso, ele insiste na necessidade de profissionalismo absoluto e paixão pelo ofício.
"Você tem que ter valor e esse valor a gente tem que se dar. Eu não gosto de fazer um serviço pela metade. Você tem que ter mais amor do que você pensa, porque não é fazer por fazer".
Para ele e sua equipe, a principal ferramenta é o manual do fabricante, que detalha especificações. "Todos eles que vêm para cá têm que aprender a trabalhar com a ferramenta chamada manual. E têm que ter consciência do que estão fazendo".
Com quase uma década e meia de colaboração, a experiência e a dedicação de da Silva são ativos valiosos para a Pedra Branca Escavações, na garantia de que as complexas máquinas de perfuração operem com máxima eficiência e confiabilidade.