Parceria com Pedra Branca impulsiona plano da Ludfor para crescer na geração hídrica

CEO da Ludfor celebra escavação antecipada e detalha estratégias para futuras PCHs.

A Ludfor Energia, por meio de seu CEO, Douglas Ludwig, confirma a conclusão da escavação de 2,1 quilômetros de túnel para a Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Campo Belo, de 12 megawatts. O executivo expressa alta satisfação com o desempenho da Pedra Branca Escavações, responsável pela obra, e sinaliza a continuidade da parceria em projetos futuros, que devem reforçar a posição da empresa no setor de geração.

“Estou muito contente com o trabalho que ele [diretor comercial da Pedra Branca Escavações, Dalton Ravanello] fez”, afirma o CEO da Ludfor Energia, Douglas Ludwig. A satisfação sela um projeto iniciado há cerca de dois anos, quando a Pedra Branca foi selecionada entre três concorrentes. O contrato se prova acertado com a entrega dos 2,1 km de túnel, finalizada há aproximadamente 20 dias e, segundo o executivo, antes do prazo previsto.

A execução da obra superou desafios que incluem intercorrências burocráticas para a liberação de explosivos junto ao Exército, resolvidas pela Pedra Branca. “Ele conseguiu resolver”, pontua Ludwig sobre a capacidade da empresa em contornar os obstáculos, fator decisivo para o sucesso.

O sucesso da PCH Campo Belo abre portas para novas colaborações. A Ludfor Energia arrematou recentemente duas novas PCHs em leilão, e o CEO confirma a intenção de contar novamente com a expertise da Pedra Branca. “Devo chamar ele aí para, no momento certo, poder participar. Tomara que ele venha competitivo também. Gostamos muito de trabalhar com eles”, declara.

A confiança na parceria se estende à equipe de campo. Em visita à obra, Ludwig relata ter conversado com os funcionários da Pedra Branca e constatado o alto nível de experiência e satisfação do time. “Um falando: ‘eu trabalho há 15 anos’, ‘eu trabalho há 18 anos’. Ele colocou somente pessoas com experiência, que gostavam da empresa e fizeram um trabalho incrível”, recorda.

No comando da Ludfor Energia desde que ingressou na empresa em 2005, Douglas Ludwig, engenheiro eletricista, lidera uma operação que projeta faturar R$ 1 bilhão neste ano. A companhia gaúcha, fundada em 1995, se posiciona como a segunda maior gestora de energia do Brasil, com 20 usinas em operação e mais de 5,6 mil clientes corporativos em todo o país. Apenas em 2022, a empresa gerou R$ 426 milhões de economia líquida para seus clientes no Mercado Livre de Energia.

Com um crescimento de 45% na área de serviços este ano, a Ludfor planeja um novo ciclo de investimentos até o final de 2026, com foco principal na geração hídrica. A estratégia é clara: “colocar pelo menos uma usina nova a cada 18 meses em operação”, projeta Ludwig. O plano é utilizar a geração de caixa dos ativos existentes para financiar a expansão contínua.

Os primeiros passos desse novo ciclo já estão definidos. Em leilão recente, a empresa vendeu a energia de duas futuras usinas: a PCH Itararé (9,4 MW) e a PCH Forquilha 2, ambas negociadas a R$ 398/MWh, com contrato de 20 anos para entrega a partir de janeiro de 2030. “Agora vai entrar no planejamento aqui da execução, primeiro executar uma e depois executar outra”, explica.

Em sua análise do cenário nacional, o CEO defende a retomada de projetos hídricos com reservatórios maiores para garantir a estabilidade do sistema elétrico brasileiro, que define como "hidrotérmico". Ele argumenta que a crescente influência de fontes intermitentes, como solar e eólica, gera instabilidade e eleva os custos. “Se a gente tivesse uma base hídrica melhor, o custo para o sistema elétrico brasileiro acabaria sendo menor”, pondera.

Para Ludwig, a energia hídrica é uma fonte limpa e renovável que, embora cause impactos, oferece a menor pegada ambiental por megawatt-hora gerado quando bem planejada. Ele destaca as responsabilidades ambientais do setor, como o tratamento da água e a recuperação de matas ciliares. “Toda geração de energia vai causar impacto. Tem que buscar causar o menor impacto possível, com eficiência e racionalidade”, ressalta.

Ao final, o engenheiro deixa uma mensagem para futuros profissionais, reconhecendo a lacuna entre a formação acadêmica e as demandas do mercado de trabalho. “Aprender sobre o mercado de geração, sobre o Mercado Livre de Energia, aprendi nada na faculdade. Isso se aprende nas empresas”, diz ele, que convida novos talentos a se juntarem à sua equipe de 344 colaboradores, dos quais 240 são engenheiros. “O trabalho que a gente executa aqui é sempre em prol do cliente. A gente realmente se importa com o cliente.”