Para Vinícius Santos, união entre Ibemapar, Dalba e Pedra Branca foi decisiva no sucesso da escavação do túnel.
CURITIBA – O recente encontro das duas frentes de perfuração final do túnel da PCH Paredinha representa mais do que um avanço técnico. Ele é a concretização de uma parceria estratégica e a superação de desafios operacionais. O gerente de negócios de energia da Ibemapar, Vinícius Santos, expressa o orgulho pelo dever cumprido e a satisfação com o resultado e, especialmente, com a performance da Pedra Branca Escavações (PBEsc).
"Não sei se vocês [do PBEsc News] receberam a notícia, mas a gente varou o túnel ontem" (28), comenta Santos, quanto ao momento em que as duas frentes de escavação se encontraram. "É um marco bem, bem importante. O time todo está muito orgulhoso deste marco, e também muito feliz com a parceria".
A colaboração com a Pedra Branca não foi um acaso. Embora a Ibemapar não tenha contratado diretamente a PBEsc — a responsabilidade coube à construtora Dalba Engenharia —, a escolha foi incentivada pela reputação da tuneleira no mercado.
"Quando fomos a mercado contratar a obra, isso em meados de 2023, colocamos o túnel como parte do escopo da obra civil", explica Santos. "Porém, colocamos como um diferencial para as construtoras que fizessem a parceria com a Pedra Branca. Ao final do processo, ficamos muito satisfeitos de ter a Dalba na civil, e a Pedra Branca no túnel”.
A decisão de indicar a PBEsc como parceira preferencial, mesmo sem experiência direta anterior do grupo Ibemapar ou de Santos com a empresa, fundamentou-se em referências sólidas. "Pela experiência que outras pessoas tiveram, pelo que as empresas que estavam ao nosso lado reportaram, a gente colocou como um diferencial", afirma. A confiança vinha da "reputação da Pedra Branca ".
Ele detalha a origem de tal confiança. "Por terem atuado em diversas outras obras, terem feito túneis na região, todas as pessoas que trabalham conosco, consultores, projetistas, e a engenharia do proprietário falam muito bem [da Pedra Branca]. Era e ainda é notório o prestígio que a Pedra Branca goza no setor das PCHs”.
Desempenho excepcional
A aposta na Pedra Branca se provou acertada. "Pedra Branca faz acontecer, o ritmo e o método de trabalho impressionam. Nossa expectativa foi atendida, e até superada", avalia Santos.
Um dos maiores méritos destacados foi a capacidade de manter o cronograma mesmo diante de imprevistos. "A obra tinha uma previsão inicial de contar com duas frentes trabalhando simultaneamente. Mas uma das frentes demorou para ter o acesso liberado. Mesmo assim, mantivemos o prazo escavando em frente única", relata. "Então, tem muito mérito da Pedra Branca, que chegou a produzir mais de 200 metros em um mês”.
A percepção positiva sobre a PBEsc foi reforçada por visitas em obras e uma visita de Santos à sede da empresa em Curitiba, antes do início dos trabalhos no túnel. "Estive no galpão, com Dalton [Ravanello, um dos diretores da PBEsc]. E ali eu já fiquei bastante entusiasmado", recorda.
"Vi o quanto o almoxarifado estava organizado, a quantidade de peças sobressalentes, além do cuidado. Conheci a equipe de mecânicos próprios, as equipes próprias de manutenção, e o cuidado das pessoas em relação ao maquinário”.
Ele também observou a funcionalidade e a organização do espaço. "O barracão é simples, e bem organizado. Tem a mão da família no negócio. Acho que temos um pouco desse DNA também”.
No campo, o método de trabalho se destacou. "O método de trabalho é um diferencial. São dois turnos, de segunda a sábado, que se estendem pela noite. Se não fosse por esse padrão, a gente não teria conseguido", pondera.
"A equipe é muito bem treinada. Há alta disponibilidade de equipamentos. Se algum deles se quebra, prontamente têm assistência para restabelecer as atividades. Esse cuidado com a gestão, com o método de trabalho, fez muita diferença para atingir esses níveis de produtividade”.
Engenheiro eletricista formado pela Universidade Federal de Santa Catarina, com especialização no setor elétrico pela FGV e MBA Executivo pelo Insper, Vinícius Santos construiu uma carreira sólida no setor de energia, com passagens por empresas como Flow Energia, Ritmo Energia e EDF Renováveis, e atuação desde o desenvolvimento de projetos, novos negócios e comercialização até chegar à gestão.
A PCH Paredinha representa seu primeiro grande desafio na gestão direta de implantação de obra.
"Foi legal também sair do escritório e estar mais presente na obra. Há muito aprendizado no campo", reflete sobre a experiência. Ele vê essa vivência no campo como fundamental para complementar sua visão abrangente do setor.
"O que levo da Paredinha é a experiência prática para modelar e implantar projetos. Esta vivência fortalece mais um pilar na minha trajetória: além de planejar e viabilizar negócios, também executá-los com consistência”, reflete.
Ao olhar para o futuro, Santos expressa um desejo pelo fortalecimento do setor de PCHs e da engenharia nacional. "O setor elétrico continua em evolução, com inserção de novas tecnologias, e espero que as PCHs tenham protagonismo. Temos diversas empresas nacionais na cadeia, bastante tecnologia nacional. Eu gostaria de seguir minha contribuição, com esse legado de energia renovável, e com tecnologia nacional para as próximas gerações. É um motivo de orgulho para o país."
Ele espera que o crescimento do setor abra "oportunidades para os jovens que estão vindo", ao destacar a multidisciplinaridade da área, que demanda profissionais de diversas engenharias. "A gente depende de uma engenharia forte para continuar desenvolvendo", conclui.